A abelha operária é um verdadeiro “pau para toda obra”. Afinal ela é responsável por todo o trabalho realizado no interior da colmeia, exceção feita a postura de ovos, atividades exclusivas da rainha. As abelhas operárias encarregam-se da higiene da colmeia, garantem o alimento e a água de que a colônia necessita coletando pólen e néctar, produzem a cera, com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família.
Além destas atividades, as operárias ainda mantêm uma temperatura estável, entre 33 e 36C, no interior da colmeia, produzem e estocam o mel que assegura a alimentação da colônia, aquecem as larvas (crias) com o próprio corpo em dias frios e elaboram a própolis, substância processada a partir de resinas vegetais, utilizada para desinfetar favos e paredes, vedar frestas e fixar peças.
Resumidamente, as operárias respondem por todo o trabalho empreendido na colmeia.
Elas nascem 21 dias após a postura do ovo e podem viver até seis meses, em situações excepcionais de pouca atividade. O seu ciclo de vida não ultrapassa os 60 dias.
Mas apesar de curta, a vida das operárias é das mais intensas. E esta atividade já começa momentos após seu nascimento, quando ela executa o trabalho de faxina, limpando alvéolos, assoalho e paredes da colmeia. Daí a denominação de faxineira. A partir do quarto dia de vida, a operária começa a trabalhar na “cozinha” da colmeia: com o desenvolvimento de suas glândulas hipofaríngeas, ela passa a alimentar as larvas da colônia e sua rainha. Chamadas neste período de sua vida, que vai do quarto ao 14 dia, de nutrizes, essas abelhas ingerem pólen, mel e água, misturando esses ingredientes em seu estômago.
Em seguida, está mistura, que passou por uma série de transformações químicas, é regurgitada nos alvéolos em que existam larvas. Esta mistura servirá de alimento ás abelhas por nascer. E, com o desenvolvimento das glândulas hipofaríngeas, produtoras de geleia real, as operárias passam a alimentar também a rainha, que se alimenta exclusivamente dessa substância.
De nutrizes as operárias são promovidas a engenheiras, a partir do desenvolvimento de suas glândulas cerífenas, o que acontece por voltado seu nono dia de vida. Com a cera produzida por estas glândulas, as abelhas engenheiras constroem os favos e paredes da colmeia e operculam, isto é, fecham as células que contém mel maduro ou larvas. Além deste trabalho, estas abelhas passam a produzir mel, transformando o néctar das flores que é trazido por suas companheiras. Até a fase, as operárias não voam.
A partir do 21 dia de vida, as operárias passam por nova transformação: elas abandonam os trabalhos internos na colmeia e se dedicam a coleta de água, néctar, pólen e própolis, e à defesa da colônia. Nesta fase, que é a última de sua existência, as operárias são conhecidas como campeiras.