A cera é um produto da secreção de oito glândulas ao 18º dia de vida da abelha, produzida a partir do néctar das flores. É uma substância oleosa, que se solidifica em forma de lâminas delgadas, quase transparentes.
As glândulas ceríferas secretam a cera na forma líquida que na superfície externa do tegumento se evapora, deixando as placas de cera. Cada placa é feita de uma ou mais secreções, possuindo uma espessura de 0,6 a 1,6 mm com peso médio de 1,3 mg.
Com a ajuda das patas traseiras, a abelha traz a cera até à boca, onde são amassadas e moldadas, utilizando a secreção das glândulas mandibulares. Esta cera é então utilizada pelas abelhas, na construção dos favos.
No Brasil, a produção de cera é, atualmente, um dos melhores investimentos do setor de agronegócio apícola. O consumo de cera cresceu substancialmente, gerando uma explosão no preço do produto em mais de 200%, em menos de dois anos.
O apicultor reutiliza a cera fabricada pelas abelhas na construção dos favos, para, após extrair o mel, derretê-la, e produzir, a partir daí, a cera alveolada para compor os quadros novos que irão de volta para as colmeias.
Mas não é só o segmento apícola que utiliza a cera das abelhas, outros segmentos agropecuários e industriais também a utilizam, como a indústria de cosméticos, a indústria farmacêutica, a indústria de móveis e salões de beleza.
Os favos que chegam do apiário, cheios de mel, serão centrifugados para a extração dele e, em seguida, derretidos para depois serem vendidos ou trocados em blocos brutos; laminados e vendidos ou reaproveitados dentro do próprio apiário; ou, além de laminados, alveolados e vendidos ou aproveitados dentro do apiário; ou vendidos para indústrias.