Tipos de colmeias

Categories Abelhas

Conhecem-se hoje mais de 300 diferentes tipos de colmeia; que variam em função de adaptação climática, manejo, etc. Mas todas elas apresentam a mesma constituição básica: um fundo, ou assoalho, um ninho que é compartimento reservado ao desenvolvimento da família – a melgueira, compartimento onde é armazenado e mel, os quadros, nos quais são moldados os favos de mel ou de cria, e uma tampa, que reveste toda a colmeia.

Todas estas peças – assoalho, ninho, melgueiras, quadros e tampa – são móveis- podem ser retiradas a qualquer momento o que facilita o trabalho de intervenção do apicultor. Outra vantagem: por móvel, este sistema permite que a colmeia receba mais melgueiras na época de floradas abundantes- aumentando assim a produção de mel- e, por outro lado, seja reduzida nos períodos de escassez. Dada essa facilidade de modalidade, este tipo de colmeia – o único utilizado pelos verdadeiros apicultores – é chamado de mobilista.

Diferentes materiais podem ser empregados na construção das colmeias; madeiras, fibra de vidro, amianto, concreto, isopor etc. No entanto, dá-se preferência, por razões de ordem prática e econômica, a madeira.

Mas não é só no material que as colmeias diferem. Há uma afinidade de modelos de colmeias, sendo que a mais indicada para as nossas condições é a colmeia Langstroth, ou Americana. Idealizada por um dosa pais da moderna apicultura, o pastor Lorenzo Langstroth, este tipo de colmeia é a mais utilizado em todo o mundo e é recomendada pelo padrão pela Confederação Brasileira de Apicultura e o Ministério da Agricultura.

O ESPAÇO- ABELHA

Langstroth desenvolveu sua colmeia quando descobriu o que se chama hoje de espaço abelha, que é o menor espaço livre que pode existir no interior de uma colmeia, para permitir a livre movimentação das abelhas.

Este espaço abelha é uma descoberta muito importante. Ele é a própria referência da abelha no interior da colmeia. As abelhas vedam, com própolis, todas as frestas e vão inferiores a 4,8mm e constroem favos nos espaços superiores a 9,5mm.

Ao descobrir esta característica das abelhas, Langstroth desenvolveu um tipo de colmeia, compostos por dez quadros, que mantém, entre si e entre as paredes, a segura distância de 9mm, em média. Isto é conseguido com o uso dos quadros Hoffmann, dotados de espaçadores automáticos, ou seja, que já mantêm o chamado espaço – abelha entre si.

Por se tratar de um objetivo que reclama precisão e exatidão, em termos de dimensões e medidas, não é aconselhável ao apicultor iniciante produzir suas próprias colmeias. Mais fácil e prático é adquiri-las já prontas.

TELA EXCLUIDORA

Outro importante avanço da apicultura racional. A tela excluidora – na verdade uma chapa perfurada- não permite que a rainha se desloque do ninho para a melgueira, onde poderia depositar seus ovos e comprometer o mel. A tela excluidora, instalada entre o ninho para a melgueira, permite apenas e tão somente a passagem das operárias do ninho para a melgueira, onde depositarão o mel que, mais tarde, será colhido pelo apicultor.

O ALVADO

O alvado é o que se pode chamar de porta de colmeia. É um acessório regulável e de grande importância para a defesa da família. Trata-se de um sarrafo que é instalado na entrada da colmeia, de forma a permitir a entrada e saída das abelhas. Nos períodos de frio, esta é reduzida, para conservar maior calor no interior da colmeia. Nas épocas de floradas ou de calor, esta abertura é aumentada.

CERA ALVEOLADA

Outro importante aperfeiçoamento da apicultura moderna foi o desenvolvimento da cera alveolada. Com este material o produtor poupa trabalho de sua abelhas e ganha tempo na produção de mel. A cera alveolada é uma lâmina de cera abelha prensada, que apresenta, de ambos os lados, o relevo de um hexágono do mesmo tamanho do alvéolo, que servirá de guia para a construção dos alvéolos dos favos.

A cera é fixada por meio de um arame que corre por dentro dos quadros. Normalmente, os quadros já são vendidos com o arame, e sua instalação é fácil de ser feita. Para soldar a cera ao arame, use a extensão de uma tomada com fio dos dois pólos elétricos ligados a uma resistência- dessas que servem para aquecimento de ambientes – com duas saídas: descanse a lâmina de cera sobre o arame. Em seguida, com o auxilio de dois fios condutores, provoque um pequeno rápido curto nas extremidades do arame.

Pronto! A cera se soldará automaticamente pela ação do calor provocado pelo curto- circuito. Atenção porque uma descarga muito prolongada poderá derreter a cera – impossibilitando sua fixação. Mas o método é pratico e largamente empregado pelos apicultores.

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